Do AgitÁgueda que já lá vai

Terminou. É incrível como um mês passa a correr. Parece que ainda ontem estava a saborear o primeiro dia de Julho e a anunciar o arranque da 10ª edição do AgitÁgueda. Mas já lá vai. Confesso que, este ano, foram muito poucas as noites que passei debaixo daquela tenda e daqueles guarda-chuvas coloridos. Por andar mais cansada e com mais coisas para pensar e tratar, do que em anos anteriores, é certo. Não por falta de vontade. Fica a nostalgia de tantas outras noites já lá passadas, na companhia daqueles que fizeram, fazem e também dos que já não fazem parte da nossa vida.
Mas desfrutei muito mais das ruas e do ar que se respira por estas bandas durante este mês que está mesmo a chegar ao fim. Posso dizer que hoje conheço as ruas pelos nomes. Uma a uma. Se antes perguntavam-me onde era a rua A, B ou C e eu "ficava às aranhas", hoje, tenho a resposta na ponta da língua. Sabia lá eu que a rua que vai dar ao restaurante "Ribeirinho" (onde foram tantos os jantares de turma do secundário) chamava-se (e chama-se) Rua José Maria Veloso. O que interessava era chegar e saber por onde ir. Da mesma forma que não sou boa com nomes de pessoas, também não sou com os nomes das ruas. Mas hoje já lhes chamo pelo nome. E também as vejo com outros olhos. Parece que se tornaram ainda mais especiais. Mais mágicas. E é por tudo isto e muito mais que não vejo a hora de voltar a viver na minha cidade. Uma vida a dois, aqui, na cidade onde nasci e cresci. Quem sabe se não será ainda este ano. I wish.

Vista para a Rua Dr. Ferraz Macedo.

Rua Armando Castela
Arte nas ruas pelas mãos do Coletivo Nora.

Mais um pouquinho do Bairro do Barril, o tal "déjà vu" que já vos falei aqui, pelas mãos de a.mar.

Viela do Cemitério
MURMURO. Neste local, foi instalada uma janela na parede e nela consta uma pintura alusiva à curiosidade das pessoas pela vida alheia e à critica e julgamento popular. Esta instalação teve por inspiração a seguinte quadra do famoso Malhão de Águeda: "Ó rua da Venda Nova/ Rua da murmuração/ Onde se faz audiência/ Sem letrado nem escravidão".
Trata-se de uma instalação que mistura a pintura mural com elementos tridimensionais, numa recriação de uma das respeitosas senhoras juízas que já habitaram (e habitam) esta rua.
É mais um exemplo das intervenções urbanas por parte do Coletivo Nora.

Rua do Outeiro
OUTEIRO. Mais uma bonita obra pelas mãos do Coletivo Nora. Esta instalação é inspirada nas peças de louça, da Fábrica Outeiro, que são uma tradição estética para a cidade. O que o Coletivo Nora fez foi recriar o fundador da fábrica numa parede nas imediações da ainda existente Casa do Outeiro.

"Tenho em mim todos os sonhos do mundo". Uma bonita referência a Fernando Pessoa.

Rua Luís de Camões
Na rua mais visitada do mês.

É em Águeda que existem os bancos de jardim mais bonitos do mundo e arredores.

O aquário gigante das tartarugas.

"Aqui é onde acaba a terra e começa o mar". Como não podia deixar de ser, uma referência a Luís de Camões.

A loira do nº 73 (diz que é boa rapariga e que não faz mal a ninguém).

A famosa tenda e algumas das tasquinhas.

A tenda.

Os guarda-chuvas coloridos da tenda.

Mais tenda.

Largo 1º de Maio - Local da tenda do AgitÁgueda

Eu não vos disse, mas o meu pai, neste belo domingo, perguntou se andava de pijama vestido (já ficam a saber de quem herdei a falta de sentido de moda), (mas atenção, ele exagera, ah! ah! ah!).

Barraquinhas junto à margem do rio com artigos artesanais.

O recinto visto da "ponte velha" do Rio Águeda.

Adeus AgitÁgueda, até para o ano (snif, snif).