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segunda-feira, 4 de maio de 2015

"Hora do diabo"

Esta transição de mês foi trágica, pelo menos, para algumas famílias. Um novo mês pede novos começos, novas vontades, novas oportunidades, mas, para alguns, não passou do fim. O fim de tudo.

Comecei o dia um de Maio com a noticia de um acidente, perto da minha zona, que vitimou quatro pessoas e um cão. Daqueles acidentes que nos levam a pensar nos ses. Que se isto, nada disto teria acontecido. Se aquilo, tudo seria evitado. Ses que não passam disso mesmo, ses.
Basicamente, duas pessoas e um cão foram atropeladas por uma mota, ao tentarem atravessar uma estrada onde é completamente proibida a circulação de pessoas. Porque era mais fácil atravessar aquela estrada que, há algum tempo, divide a aldeia, ao invés de andar quilómetros para chegar ao destino, porque era uma canseira, porque dava trabalho, porque o diabo assim quis. Costuma-se dizer que do longe se faz o perto. Neste caso, do perto se fez o longe. O muito longe.
De uma atitude, nitidamente, inconsciente e, até mesmo, suicida, quatro pessoas perderam as suas vidas. Quatro pessoas e um cão que permaneceu junto ao corpo do dono, seguro pela trela e também sem vida. E é isto que me leva a pensar que há mesmo "horas do diabo". Como se algo nos atraísse a fazer o errado e a cair em desgraça. Como se uma força maior se apoderasse de nós e nos desviasse para o lado errado.

Sábado de manhã, foi a noticia da morte dos cinco peregrinos que rumavam até Fátima. Mais uma vez, uma atitude inconsciente por parte do condutor do carro, que ceifou a vida a inocentes. A pessoas que seguiam as suas vidas com fé e esperança e, provavelmente (ou não), com promessas para cumprir ou, simplesmente, à procura de uma luz. E, mais uma vez, há "horas do diabo". Mais uma vez, a vida mostra-nos como pode ser irónica. Pessoas que vão com fé, seja em Deus, seja na Nossa Senhora de Fátima, que vão em sacrifício, em busca de algo positivo de acordo com o que os motiva, que caminham com esperança, vêem as suas vidas terminadas ali, a meio do caminho para Fátima. É, precisamente, essa mesma fé e esperança que os atraiçoa, se é que assim posso dizer. Há algo mais irónico que isto?
Quando somos confrontados com casos como este, surgem imensas questões, principalmente, nas mentes dos mais católicos: porque é que Deus quis que assim fosse? Porque é que Deus quis que aqueles peregrinos estivessem ali, naquele local, à hora errada? Porque é que aquele carro não se despistou sozinho, sem roubar a vida a inocentes?
Porque é a chamada "hora do diabo"?
Porque é o destino?
E afinal, quem traça o nosso destino?

Na mesma manhã de sábado, soube de outra noticia que foi como que um balde de água fria pela cabeça abaixo. Um rapaz de 25 anos de idade, irmão de uma amiga minha e antiga colega de escola, e com o qual tive oportunidade de conviver durante a sua passagem pelo grupo de jovens da paróquia, teve um acidente de carro na noite de quinta para sexta-feira que foi fatal. Causas do acidente ainda não sei ao certo. Independentemente de tudo, comportamento inconsciente, vitima da inconsciência alheia ou, simplesmente, obra do destino, foi mais uma vida que partiu demasiado cedo e nunca estamos preparados para tal. Mas, Deus quis que assim fosse.
Amanhã, é o funeral e sinto uma angústia enorme só de imaginar a dor daquela família. Mas lá estarei para dar o último adeus.
24-09-2013 15-51-22

Foi o melhor que se arranjou #132

E as saudades que vocês já tinham disto, hããããã?

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Cinco dias da semana, cinco looks #3

Segunda-feira de chuva e muita rabugice.

Terça-feira axadrezada.

Quarta-feira branca.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

O padre que, por amor, deixou de o ser

Há histórias que nos deixam a pensar, e esta é uma delas. Não sei se já vos chegou aos ouvidos (pelo menos, até na tv foi noticia), mas o padre Francisco, de 43 anos (padre desde os 25), pároco de Oliveira do Bairro desde 2011, deixou o sacerdócio por se ter apaixonado. E não é o primeiro a fazê-lo já que, ao que parece, já lá vão 400 padres que nos últimos tempos abandonaram o ministério.

Ora, não querendo lançar o pânico, podemos ter já aqui um assunto para dar "pano para mangas" (calças, meias e cuecas). Afinal de contas, e logo a seguir ao futebol, o tema que mais discussões acesas pode provocar devido à sua ambiguidade, é a religião.

Eu sou católica. Mais ou menos praticante, mas para os católicos fundamentalistas e fanáticos, sou não praticante. E porquê? Porque já lá vai o tempo em que ia todos os domingos à missa. E este, é outro ponto relacionado com a religião que pode levar ao murro e puxões de cabelo, mas deixemos isso para outras núpcias.
Mesmo sendo católica, há pequenos-grandes pormenores à volta da igreja que me provocam uma certa comichão. E este caso, do padre que deixou de o ser, é um deles. Alguém que me explique, mas como se eu fosse assim muito burra (se calhar sou), porque é que um padre não pode viver um amor e constituir família? Então, e aqueles que têm os seus affairs secretos (que se descobrem sempre)? Aqueles que, nos intervalos dos momentos com Deus, vão mandar umas berlaitadas e ao outro dia estão a rezar a missa aos seus fieis cristãos? É preferível esconder ou assumir? Não entendo, juuuuuuuuuuuro que não entendo e coço-me toda até fazer sangue de neeeeervooooos.

Mas pergunto mais:
Porque é que a Igreja é tãoooooo quadrada?
Porque é que a Igreja não abre horizontes?
Será que esta pessoa, que foi padre durante treze anos (não é coisa pouca), deixou de ser uma pessoa do bem e com valores, e perdeu a aptidão para passar a mensagem com fé, só porque se apaixonou?
Então e aqueles padres que violam menores e cometem outro tipo de crimes?
A Igreja não une pessoas? Porque é que o sacramento do matrimónio está restrito aos padres? São menos que qualquer outro cristão? Ou são assim tão superiores e supra-especiais que o matrimónio chega a ser ofensa?
Será que se a Igreja não fosse assim tão rígida nos seus princípios, não teríamos mais padres? Não teríamos mais pessoas a pé às 8h de um domingo para ir à missa?

Posso estar enganada, mas acho que são cada vez menos as pessoas que sentem que têm esta vocação e que se entregam de corpo e alma à religião, com o objectivo de serem padres. E porque será? Será culpa dos cristãos ou culpa da Igreja que nos afasta? O que é que a Igreja tem feito (ou não) para não afastar os seus baptizados?
Uma série de perguntas que vos deixo e que, para as quais, gostava de ter a vossa opinião, tendo sempre bem presente que se trata de um assunto (muiiiiiiiiiiiiiiiiiiito) complexo.


Pequena nota: Perante a Igreja (não perante Deus, porque começo a achar que são dimensões distintas), espero não ter cometido nenhum pecado com este post. Quanto ao termo "berlaitadas", logo, rezo três Pai Nossos e três Avé Marias como forma de absolvição.

24-09-2013 15-51-22

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Unhas amarelas

Hoje, depois das três horas infindáveis de trabalho que me faltam, vou tratar da penugem e das unhas. Penugem essa que está muito perto de se transformar num pequeno e amoroso mato grosso, mas isso agora não interessa para nada, o que eu quero falar mesmo, é das unhas.

Depois de deixar as ditas cujas respirarem ar puro, vou voltar a fazer verniz gel. Finalmente, vou poder manter umas unhas bonitas e arranjadas por mais de 10 minutos, coisa que não consigo com o verniz normal. E se há coisa que me deixa a espumar de raiva e que me consome a alma, é pintar as unhas com todos os cuidados e mais alguns, com tempo e dedicação para sair tudo direitinho e, passados dez minutos espetar com umas das dez unhas numa superfície qualquer e claro, PINTURA ESTRAGADA. AHHHHHHHHHHHHHHH nervos, nervos, muitos nervos!! Daí o verniz gel ser das melhores coisinhas que podiam ter inventado. Só é pena dar cabe das unhas. Pormenores. Posto isto, estava aqui a pensar que cor vou querer ver nas minhas garras inofensivas durante umas três semanitas. Tem de ser uma cor versátil, porque se opto por um roxo, um azul-eléctrico ou um rosa-choque, o mais certo é não poder ver as unhas à frente ao fim de três dias. Depois, sou um bocado cocózinha e gosto que a cor das unhas mantenha alguma harmonia com a indumentária.

Se no Inverno gosto dos castanhos, dos vermelhos escuros, dos cinzas, dos azuis escuros e dos verdes-secos, a Primavera já me puxa mais para os verdes-água, os corais, os azuis-claros e os laranjas-salmão. E enquanto pensava nestas cores fui assolada por uma ideia suicida. Pintar as unhas de amarelo (-peido). Não sei se são saudades do Verão e da praia, se é o desejo pelos dias de sol a falar mais alto, ou se é só pancada mesmo, mas é uma hipótese que, neste momento, está em cima da mesa. Mas caaaaaaaaaaaaaaaaalma, não é aquele amarelo vivo e cintilante, a modos que com as unhas a dar à luz. A ser, seria aquele amarelo pastel. Assim de repente, a ideia agrada-me, mas tenho receio de não gostar de ver (por não estar habituada) e, depois da manicure concluída, pedir para arrancar tudo. Aiiiiiiiiiiiiiiii, admirem-se!! O mais certo é chegar lá, fazer unha francesa e siga viagem. Ao menos fica sempre bem. Vereeeeeeeeeemos.

Mas... Só assim naquela, o que acham se fizesse algo tipo isto:




















AH! AH! AH! Tirem daí as ideias, a minha pirosice ainda (aiiiiiiiiiiiiiiiinda) não dá para isto.

24-09-2013 15-51-22

Das mulheres com "M" (bem) grande

A capa ficou fantástica.
24-09-2013 15-51-22

terça-feira, 28 de abril de 2015

Se já é duro perder um filho, como será perdê-lo e travar uma guerra em seu nome?

Angélico Vieira perdeu a vida, já lá vão quase quatro anos, mas nem por isso o seu nome descansa em paz. A sua mãe, passado tanto tempo, continua às voltas com a justiça, e este caso foi um dos assuntos discutidos, hoje, no programa da manhã da tvi.

Na altura, muito se especulou (demasiado até), aliás, como vem sendo habitual neste tipo de situações. O povo sempre gostou de mandar uns bitaites, mas a verdade é que ninguém podia afirmar com total conhecimento de causa se tinha acontecido isto ou aquilo. Se ia com velocidade ou não. Se tinha cinto ou não. Se conduzia com álcool ou não. Se o carro tinha problemas ou não. E por aí adiante.
Segundo as conclusões das autoridades, a viatura despistou-se na sequência do rebentamento de um pneu, onde seguiam a uma velocidade acima dos 200 km/h, o Angélico levava cinto e, segundo os exames toxicológicos, conduzia sem o efeito do álcool ou de qualquer droga.

Depois, há todo um mistério à volta do (maldito) BMW 635, se era emprestado, se Angélico era mesmo o proprietário, se o dito carro tinha problemas ou não. Muito sinceramente, eu acredito que sim, que o carro tinha problemas mecânicos, uma vez que as rodas dos carros não andam por aí a saltar fora assim, do nada, mesmo que o carro seguisse a alta velocidade, porque se estamos a falar de um carro topo de gama e de alta cilindrada, tem de ser feito para suportar essa mesma velocidade (se estivéssemos a falar de uma Renault 4L a 200 km/h, acredito bem que saltassem rodas, portas, janelas...TUDO).

Não quero com isto desculpar o actor/cantor, mas convém ter presente que a causa directa do acidente não foi a velocidade, mas sim o rebentamento do pneu. E agora vocês perguntam: então e se ele fosse a conduzir com menos velocidade (a aceitável), mesmo rebentando o pneu, será que as consequências não seriam menores? E agora eu pergunto também: então e se o pneu não rebentasse, se fosse feliz da vida à velocidade que o carro permitia, será que teriam tido o trágico acidente? "Ses" que não são nada perante a força do destino.