Quantas e quantas vezes arranjamos desculpas para não fazer isto ou aquilo? Quantas e quantas vezes não nos apetece fazer certa e determinada coisa, mas fazemos, mas sempre a maldizer e a refilar e a praguejar e tudo e tudo e tudo? Tantos dramas que por vezes fazemos, quando o maior drama é mesmo não poder.
Sei que não parti uma perna, sei bem que há problemas bem maiores (como nunca mais voltar a andar, por exemplo), mas, por muito pequena ou grande que seja, esta lesão foi o suficiente para impedir-me de fazer uma das coisas que mais gosto e que mais me mantém viva: desporto, neste caso, correr e ir ao ginásio.
O treinador Pedro Almeida no seu livro "Correr para Emagrecer" fala a certa altura dos "donos do movimento" (seja para correr, jogar futebol, andar de bicicleta, etc). E, segundo ele, o grande problema destes tais "donos do movimento" é parar, precisamente. Eu confirmo. Nestes dias, sentia-me mais sem paciência, mais chateada, mais irritadiça, ansiosa, tristonha e até mesmo sem energia. Foi um autêntico estado de ressaca/ratazana-do-esgoto-deprimida.
Há um certo vicio aliado ao prazer de correr nos ditos "donos do movimento". Penso que não é fácil chegar a este patamar, mas quando se chega, ahhhhhh menino, não se quer outra coisa!
Esta espécie (os "donos do movimento") faz desporto porque quer, porque apetece, porque se gosta, não apenas porque dizem que faz bem ou que estamos umas baleias em desenvolvimento.
Sermos activos torna-se um dos grandes prazeres da vida e há uma necessidade enorme de nos desafiarmos física e mentalmente para sermos melhores, algo que acaba por se reflectir na batalha da vida.
Todo este blábláblá para dizer que a corrida de hoje soube-me pela vida. Acho que nunca desejei tanto pôr as sapatilhas nos pés e sair para a rua, mesmo debaixo de chuva. Sim, porque o Sr. S. Pedro - que anda todo comido daquela cabeça e ora é sol, ora é chuva, ora é vento, é o que lhe der na real gana - achou por bem guardar chuva torrencial acompanhada de ventania, precisamente, para o final do dia. Mas não foi o suficiente para me fazer fraquejar. Aliás, hoje bem podiam chover picaretas que eu ia para a rua na mesma (quando uma mulher mete uma coisa na cabeça...).
Foram apenas quase 5 kms para testar o pé, que portou-se lindamente o que me deixou feliz da vida. Também fiquei super contente ao ver que não perdi o ritmo que já tinha conquistado! =)) Agora, é retomar aos pouquinhos.
P.S.: Pegasus estreadas e aprovadas. Um must, minha gente! Não mereciam nada uma estreia como esta, bemmmmm molhada, mas pronto, estão baptizadas! :D
Parabéns Gata muito bem! Às vezes so damos valor às coisas quando não as temos. Eu não era a pessoa mais ativa do mundo quando parti o pé e ficar limitada para andar foi um dos maiores desafios até hoje. Assim que voltei a andar comecei logo a fazer mais caminhadas.
ResponderEliminarBoa Gata! Aos poucos isso vai lá :)
ResponderEliminarBeijinhos
E.H