Fifth round: Room

Depois de ver o trailer, depois de ler algumas opiniões, depois de saber que só está em exibição em seis ou sete salas de cinema e sabendo que estava nomeado para os Óscares, não podia mesmo deixar de ver este filme.

Um drama que arrepia, que comove, que nos deixa de coração apertadinho e com os olhos em lágrima. 

Room conta a história de uma rapariga que vive prisioneira num "quarto" com o seu filho Jack, que é fruto de uma violação por parte do homem que a mantém em cativeiro. Jack vive cinco anos a acreditar que não existe mais nada no mundo para além daquele espaço e que tudo o que vê na televisão não passa de mera fantasia.

Resumidamente é isto. Qualquer palavra mais ficará sempre aquém daquilo que o filme é, muito pelos sentimentos que desperta. Mas isto sou eu que sou um coração de manteiga, que comovo-me facilmente e que não consigo ficar indiferente a histórias que metam crianças.

Mesmo sem ver todos os nomeados para Melhor Filme, achei que este seria o grande vencedor (não foi) e que Brie Larson levaria para casa o Óscar de Melhor Actriz. E levou. Na minha opinião, foi bem entregue, maaas, olhando com olhos de ver...

Jacob Tremblay

...quem deveria ter ganho o Óscar era o fofinho do Jacob Tremblay, para mim, o verdadeiro protagonista do filme. A história é forte, é dura, com uma carga emocional enorme e o pequeno com apenas nove anos de idade consegue transmitir tudo cá para fora como se já tivesse aaaaanos disto. É certo que as falas são poucas, mas, quanto a mim, conseguiu fazer na perfeição o mais difícil: dar expressividade à personagem. Encarnar de corpo e alma o seu papel. Cada gesto seu, cada olhar, cada expressão falavam por si só. Fiquei rendida, tenho muita pena pelo facto do seu desempenho não ter sido premiado, mas tenho a certeza que ainda vai dar muito que falar. 

E sim, vale muito a pena ver o filme (e comer umas pipocas).