A minha pessoa em modo "fit"

No que diz respeito a roupa para o ginásio, nunca fui de grandes preocupações e sempre optei pelo mais simples e básico possível. Talvez mesmo com um pezinho ali no desleixo, para ser mais sincera. Sapatilhas, calças (ou calções), t-shirt a fazer publicidade ao restaurante ali da esquina, nó na cintura e toc'andar. Esta era a minha pessoa em modo "fit". E só para ficarem com melhor precisão do meu grau de preocupação para com a minha figura entre máquinas, barras, pesos e trampolins, digo-vos mais, quando o calor apertava, vai e toca a arregaçar as mangas da t-shirt e trilhar no soutien, qual trolha. Então, ia sair de lá descabelada, com ar de quem vai desmaiar a qualquer momento e a escorrer suor e ia, por isso não valia a pena ir toda cheia de novihoras como se fosse desfilar para o Elie Saab.

E não, não é por não gostar das roupinhas giras da Nike, da Adidas e daqueles conjuntinhos todos cutxi-cutxi e por não largar um rasto de baba sempre que entro numa Sport Zone ou X-treme, não é nada disso. Mas não dando para tudo (€€€), entre investir em roupa mega gira para o ginásio e em roupa para o dia-a-dia, claro que prefiro a segunda, afinal, o ginásio são só dois ou três dias por semana e eu preciso de roupa-sapatos-malas-e-afins para os 366 dias do ano. A lógica da batata era mais ou menos esta. Claro que preferir, preferir, preferia comprar tudo o que me desse na real gana, mas isso já são outros quinhentos paus (esta é aquela parte onde a música do nosso amigo Boss AC caía que nem ginjas "oh mãe fazias-me era rica em vez de bonita").

Com as corridas e o aumento dos dias de treino, as t-shirts do restaurante ali da esquina e do bar mais cool das redondezas não davam vazão e precisei mesmo de comprar uma coisita ou outra. E o mal é começar a cair em tentação, depois não se quer outra coisa. Quase que me estou a ver a abdicar de jeans da Salsa para comprar leggings da Nike. E verdade seja dita, uma roupinha gira dá logo uma motivação extra e até faz-nos sentir melhor com o nosso corpo.

Também é verdade que marcas como a Adidas, a Nike e a Under Armour, por exemplo, são de qualidade inquestionável, já para não falar que têm nnnnn coisas giras, mas têm tanto de bonito como de caro, num é verdade? Apesar de ser uma tentação daqueeeelas e de saber que uso não ia faltar, continuo a não conseguir dar tanto dinheiro por roupa de ginásio. Manias. A sorte é que a oferta e as opções de escolha são cada vez maiores e até as chamadas lojas de fast fashion começam a ter o seu espaçozinho "fit" na loja. Bershka, Oysho, Primark e até a Zara já têm à disposição roupa desportiva, gira e mais em conta, para não haver desculpas para não mexermos o rabinho. Até o Jumbo, que já é bem conhecido por algumas das suas campanhas "fashion", lançou uma linha desportiva - a CUP'S - com preços super, super acessíveis.

Feitas as contas e pegando no "só anda roto quem quer", só tenho a dizer que "só anda roto no ginásio quem quer". É certo que não podemos comparar a qualidade de um tecido da Bershka a um da Adidas, por exemplo, mas pelo valor se der para algumas utilizações já dá bem para o gasto. Nisto, muitas vezes, compensa mais ter pouco mas bom.

Com isto tudo, estava aqui a pensar se não seria giro começar uma rubrica nova aqui no estaminé com conjuntinhos "fit", trocando por miúdos, elaborar looks para o ginásio, correr, caminhar, saltar, tudo o que implica mexer o rabo, e partilhar com vocês. Hmmmm, é um caso a pensar.

(Para saberem preços e outros detalhes, basta clicar em cada imagem.)