AP report #1

Eu em modo "gata-borralheira".

Não estava fácil encontrar um T3. Desde o início do ano nisto e eu quuuuuase a cortar os pulsos. Ou eram caros, ou eram no “cu de Judas” ou não preenchiam os nossos requisitos mínimos de habitabilidade, enfim. Tivemos em mãos uma opção que nos agradou bastante a vários níveis, mas tratava-se de um processo de retoma do banco e a “coisa” estava demorada para resolver, pelo que desistimos de esperar. Até que assim numa daquelas coincidências felizes da vida, surge-nos uma daquelas oportunidades de não deixar fugir. Mas tinha (e tem) um pequeno “senão” – como é normal nestas coisas da procura da casa ideal -, o local. Não é que seja muito distante (a 5/7 minutos), mas não é no centro de Águeda como queríamos. Como eu tenho dito em tom de brincadeira, vamos para o meio das couves (ah! ah! ah!). O que traduzindo significa que vamos para uma freguesia periférica. Há quem diga que é bom pelo sossego, mas eu gostava muito de poder sair de casa a pé e ter tudo à mão de semear tipo padaria, farmácia, minimercado (que dá sempre jeito quando algo acaba sem contarmos) e se não fosse pedir muito, umas montras para lavar as vistas (wuuaaaahhhh).

Apesar de nunca me ter imaginado naquela terriola (muito menos ele), decidimos avançar com a compra, porque foi de facto um excelente negócio, diria mesmo negócio da China. E é um investimento que fica feito. A ideia é vendê-lo ou arrendá-lo (se bem que prefiro despachar logo, em vez de meter-me nas chatices que os alugueres acarretam sempre) mal apareça algo do nosso agrado em Águeda city. E o engraçado é que se o quisemos vender agora, já tínhamos comprador.

O apartamento está em excelente estado, mal foi habitado pelo que apesar dos seus 12 anos de construção está como novo e não há cá pontas de humidade (coisa que me consumiu os nervos no T1). Comparando com tudo o que andámos a ver, acaba por ser o que tem melhores áreas e melhor exposição solar. E tem piscina, não tem é manutenção (ahahahah!), mas vamos tratar de ver isso com o condomínio (isso e outras coisas e parece que já pressinto dores de cabeça). O hall de entrada não é tipo caixa de sapatos nem há cá corredores estreitos que detesto. Mas tem coisas que não gosto tanto, nomeadamente, os cerâmicos das casas de banho e o facto de não ter despensa. As varandas também são estreitas demais para o meu gosto. Os móveis de cozinha também não são a coisa mais moderna do mundo e as madeiras são um pouco escuras e eu sempre preferi claras. Mas nisto de comprar já feito é mesmo assim, podemos andar, correr e saltar que vai haver sempre algo que não gostamos. Até mesmo quando construímos ao nosso gosto, acontece sempre chegarmos ao fim e pensar “epa, se fosse hoje não fazia assim, fazia assado”.

Ainda pensámos mandar lacar as madeiras, mudar os cerâmicos e tirar as portas dos móveis da cozinha para aproveitar o miolo e mandar fazer em linhas mais direitas, mas chegámos à conclusão que ia ser um investimento desnecessário uma vez que não é algo definitivo. Então, preferimos investir na decoração e pôr tudo bem bonititinho, fofinho e acolhedor. Como eu não gosto nadinha disto, não ando naaaaada entusiasmada (cof, cof, cof :D :D).

Entretanto, já escolhemos os papeis de parede e são a coisa mááálinda. Mal posso esperar para ver tudo aplicadinho. Mas já ando aqui em consumições. O papel que escolhemos para a sala é todo pintarola (Haute Couture, coisa finessss, hã) e é de linho, pelo que é mais delicado e é preciso muito cuidado ao aplicar e também não convém muito andar com as manápulas nas paredes. E nós, pessoas detentoras de um gato que volta e meia fica possuído por um ser demoníaco e começa a correr como se andasse a fugir de um Dobermann e usa as paredes para ganhar balanço e mudar de direcção (não sei se conseguem visualizar a “coisa”), tememos o pior em relação ao nosso rico papel, maaaaas nada de sofrer por antecipação, vai correr tuuuuuudo bem.

E por falar em gato, cheira-me que o Pepe não vai gostar muito da vizinhança. Digamos que o vizinho do lado tem um gato que habita na varanda da frente (do que já vi, não deve ter autorização para entrar em casa) e o raio do bicho está sempre a miar, e a miar, e a miar, mas com aquele miar mesmo irritante, estão a ver? Para além disso, volta e meia anda a passarinhar por cima do muro e ameaça saltar para a varanda da vizinha que sou eu. Ora, o meu Pepe - coisa mais fofa e amorosa - que está habituado a paz e sossego, vai ficar a bater mal da cabeça com aquele selvagem!! É que já estou mesmo a ver o filme. E sim, face à situação já tomei a liberdade de baptizar o gato do vizinho e, ou muito me engano, ou ainda vamos ter muito para falar sobre o tema "Selvagem vs. Pepe".

Também já compramos algumas coisas, nomeadamente, a cabeceira da cama, a colcha e as almofadas (lindas, lindas, lindas), alguns móveis que faltavam, o sofá também há muito que está escolhido (ainda nem tínhamos casa e já tinha dito “é aquele”) e ando de olho noutras coisitas. E simmmmmmmmm, já seiiiiiii, prometo que assim que o AP comece a ganhar forma, mostro tudinho a vocês, cuscas do meu coração (ou quase tudo, vá).

Agora, só queria mesmo que o “problemazito” estético da cozinha/pladur da parede para a televisão/pladur dos tectos das casas de banho ficassem prontos para podermos mudar de vez. Mais uns dias e acho que expludo com esta impaciência de querer ver tudo no sitio, baaaahhhhh.

Bolinhas fofinhas para uma das paredes do closet/escritório.