Um mundo que não existe

Às vezes, dou comigo a sonhar com um mundo que, claramente, não existe. Não existe, mas eu gosto dele e gosto de render-me a essa ilusão, ainda que por breves momentos. Gosto de ficar no meu canto e de me perder entre pensamentos e desejos. Gosto de divagar por esse mundo fora, aquele que não existe, mas gosto. Um mundo sem preocupações, sem inquietações, sem dúvidas e sem incertezas de um futuro próximo. Um mundo onde se respira tranquilidade e serenidade a cada dia que passa. Um mundo repleto de boas energias e de pessoas do bem, onde o maior dilema é saber se vai fazer chuva ou sol e o pior mal é não saber o que vestir. Gosto de fechar os olhos e imaginar que sim. E que não, também. Parece tonto da minha parte, mas faz-me bem ficar ali, entre o que é e o que não é, e, no fundo, dá-me esperança e força para o dia-a-dia. Sou uma eterna sonhadora, daquelas que têm os pés bem assentes no chão, mas sou. Porque o sonho comanda a vida. Dizem que sim e eu acredito. É o sonho que faz-me querer mais e faz-me lutar e acreditar. E nunca desistir. Porque para tudo na vida é importante não desistir. Mas sim, e em bom português, há dias de merda. Mas não há tempestades infinitas, e nem sempre o "lobo mau" e a "bruxa má" levam a melhor. E como a simpática Catarina Beato diz, e bem, "a vida resolve-se sozinha". E resolve-se mesmo, não seria a primeira nem a última vez. Por isso, que o verbo acreditar permaneça sempre bem presente, porque é ele que nos faz encarar a vida com um sorriso. E a sorrir tudo parece bem mais fácil.