Corridas de obstáculos - a p*ta da loucura!!

"a vida é de quem se atreve a viver" ou...

Depois da Army Race em Novembro do ano passado, sabíamos que tínhamos de repetir a experiência, mas noutro lugar, com outros obstáculos e com outra organização. O entusiasmo era tal que ainda nem tínhamos acabado a prova e já estávamos a querer combinar a próxima.
"Ahhhhhhh vamos ao Wild Challenge!!"
"Nãooooo, vamos ao Police!!"
"Ahhhhh vamos é às duas!!"

Muito provavelmente já ouviram falar em corridas de obstáculos. Não é propriamente uma novidade, mas têm vindo a intensificar-se nos últimos tempos.

Só para se situarem, temos as corridas de estrada que decorrem em pisos de alcatrão com percursos relativamente homogéneos, e temos as corridas de trail que acontecem no meio da natureza por entre os trilhos das florestas. No caso das corridas de obstáculos, no mesmo percurso temos pisos de alcatrão, terra, areia, água e lama (com alta probabilidade de ter alguma trampa misturada pelo meio).

De gatas, a rastejar, de zorros, a correr, a trepar, a saltar, a agachar, a carregar, ou a puxar este é o tipo de prova onde, além de correr, também temos de estar preparados para ultrapassar uma série de obstáculos físicos.

...em experimentando, não se quer outra coisa!

Cada prova tem o seu circuito, mas, regra geral, todas envolvem muita adrenalina. Aquela adrenalina boa que nos acelera o coração e deixa ficar o "bichinho" e aquela vontade de querer mais e mais e mais.

Comparando as duas provas, a Army Race decorreu numa unidade militar - nas instalações do Regimento de Transmissões do Porto - enquanto que o Police Challenge decorreu pela cidade (neste caso, de Viseu). Achei que a Army Race exigia mais trabalho em equipa enquanto que o Police Challenge exigia mais de nós próprios individualmente. Talvez porque na Army Race o objectivo seja mesmo esse, potenciar o espírito de equipa, de união e camaradagem bem como entre-ajuda, até porque não é propriamente uma prova competitiva e funciona como uma experiência militar. Os obstáculos consistiam naqueles que os militares fazem na sua recruta e também foram simuladas situações típicas do campo de batalha e do dia-a-dia de uma unidade militar.

Já o Police Challenge... Acho que exige alguma preparação física, nomeadamente, boa força de braços (coisa que não me assiste assim muito). Os obstáculos também eram mais desafiantes e com alguma complexidade técnica, o que tornou a prova ainda mais interessante e divertida. Dói-me o abdominal só de lembrar da paródia e risota que foi na parte da vala de lama, por exemplo. Senhores, só visto, porque contado... :D :D :D 

Penso que o espírito deve ser mesmo este: descontraído e de pura diversão. Embora esta prova tenha uma vertente competitiva - Grupo de Elite, com qualificação para o OCR European Championship -, também é possível inscrevermo-nos no Grupo Overall numa vertente mais lúdica com o objectivo de superação individual.

No fundo, é o mais importante. Aprender a superar os medos em prol do desafio, saber sair da zona de conforto e ultrapassar cada obstáculo com o orgulho típico que cada conquista nos proporciona.

Recomendo uma prova deste género a todos aqueles que gostam de aventura, novos desafios e testar os próprios limites. A diversão a par do prazer da superação é garantida. A malha no pêlo também, mas são momentos como este que levamos da vida.

Aquela cara de frio, fome e de quem está a precisar de um banho uuuuurgentemeeeeeente!!

E como isto é mesmo um vicio, já temos marcado na agenda a Biorace em Estarreja (dia 29 de Setembro) e para o ano já está decidido que vamo-nos aventurar no Wild Challenge de Coimbra. Eeeeeee (alguém que os segure!!!!) ainda estamos a ponderar a Police de Leiria!!

Parar é morrer, não é assim que dizem?