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quinta-feira, 30 de abril de 2015

O padre que, por amor, deixou de o ser

Há histórias que nos deixam a pensar, e esta é uma delas. Não sei se já vos chegou aos ouvidos (pelo menos, até na tv foi noticia), mas o padre Francisco, de 43 anos (padre desde os 25), pároco de Oliveira do Bairro desde 2011, deixou o sacerdócio por se ter apaixonado. E não é o primeiro a fazê-lo já que, ao que parece, já lá vão 400 padres que nos últimos tempos abandonaram o ministério.

Ora, não querendo lançar o pânico, podemos ter já aqui um assunto para dar "pano para mangas" (calças, meias e cuecas). Afinal de contas, e logo a seguir ao futebol, o tema que mais discussões acesas pode provocar devido à sua ambiguidade, é a religião.

Eu sou católica. Mais ou menos praticante, mas para os católicos fundamentalistas e fanáticos, sou não praticante. E porquê? Porque já lá vai o tempo em que ia todos os domingos à missa. E este, é outro ponto relacionado com a religião que pode levar ao murro e puxões de cabelo, mas deixemos isso para outras núpcias.
Mesmo sendo católica, há pequenos-grandes pormenores à volta da igreja que me provocam uma certa comichão. E este caso, do padre que deixou de o ser, é um deles. Alguém que me explique, mas como se eu fosse assim muito burra (se calhar sou), porque é que um padre não pode viver um amor e constituir família? Então, e aqueles que têm os seus affairs secretos (que se descobrem sempre)? Aqueles que, nos intervalos dos momentos com Deus, vão mandar umas berlaitadas e ao outro dia estão a rezar a missa aos seus fieis cristãos? É preferível esconder ou assumir? Não entendo, juuuuuuuuuuuro que não entendo e coço-me toda até fazer sangue de neeeeervooooos.

Mas pergunto mais:
Porque é que a Igreja é tãoooooo quadrada?
Porque é que a Igreja não abre horizontes?
Será que esta pessoa, que foi padre durante treze anos (não é coisa pouca), deixou de ser uma pessoa do bem e com valores, e perdeu a aptidão para passar a mensagem com fé, só porque se apaixonou?
Então e aqueles padres que violam menores e cometem outro tipo de crimes?
A Igreja não une pessoas? Porque é que o sacramento do matrimónio está restrito aos padres? São menos que qualquer outro cristão? Ou são assim tão superiores e supra-especiais que o matrimónio chega a ser ofensa?
Será que se a Igreja não fosse assim tão rígida nos seus princípios, não teríamos mais padres? Não teríamos mais pessoas a pé às 8h de um domingo para ir à missa?

Posso estar enganada, mas acho que são cada vez menos as pessoas que sentem que têm esta vocação e que se entregam de corpo e alma à religião, com o objectivo de serem padres. E porque será? Será culpa dos cristãos ou culpa da Igreja que nos afasta? O que é que a Igreja tem feito (ou não) para não afastar os seus baptizados?
Uma série de perguntas que vos deixo e que, para as quais, gostava de ter a vossa opinião, tendo sempre bem presente que se trata de um assunto (muiiiiiiiiiiiiiiiiiiito) complexo.


Pequena nota: Perante a Igreja (não perante Deus, porque começo a achar que são dimensões distintas), espero não ter cometido nenhum pecado com este post. Quanto ao termo "berlaitadas", logo, rezo três Pai Nossos e três Avé Marias como forma de absolvição.

24-09-2013 15-51-22

43 comentários:

  1. Não me lembro de ouvir o termo "berlaitadas" na catequese...lol
    Mas concordo contigo na discrepância Deus-igreja-realidade.
    Sendo pouco praticante, adoro o padre Vitor Gonçalves, da igreja se São Domingos, aquela junto à ginjinha do rossio (e não é nenhuma piada!)

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  2. Curiosamente, conheço a história inversa. Tinha namorada, esteve até noivo, mas acabou padre.

    O que são católicos fanáticos e fundamentalistas? E porque é que a Gata é mais ou menos praticante? Em que se traduz o mais ou menos?

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    1. Muito genericamente, católicos-fanáticos-fundamentalistas são aqueles católicos tão quadrados, para os quais, o ser católico resume-se em ir à missa, apenas e só (mesmo que a pessoa chegue a casa e bata na mulher, foi à missa, é o que importa).

      Digo "mais ou menos" católica, porque tenho as minhas falhas. Sou católica, mas também sou humana, e como qualquer ser-humano, cometo os meus erros. Mas como os reconheço e evito-os no futuro, talvez isso já faça de mim uma católica por inteiro.

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    2. Não é o mais ou menos católica que me deixou dúvidas, é o mais ou menos praticante. E continuo sem saber porque é «mais ou menos praticante».

      De resto, como diz, todos os seres humanos têm falhas e não é isso que faz deles «mais ou menos» católicos, ou judeus, ou protestantes, ou budistas, etc.

      Quanto aos fanáticos fundamentalistas, percebi o que quer dizer. Mas eu chamaria a essas pessoas falsos católicos ou hipócritas.

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    3. Quis referir-me ao "mais ou menos praticante", mas enganei-me e escrevi "católica". O ser católica praticante implica praticar o bem (e não, propriamente, praticar as idas à missa), e o ser humano, por vezes, tem falhas.

      Falsos católicos ou hipócritas não diria, esses são os que vão e chegam a casa e batem nas mulheres e provocam o inferno nas pessoas. Os católicos-fanáticos-fundamentalistas são católicos, mas católicos além da conta, digamos assim.

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    4. Na rua da minha mãe, há uma senhora que dava (e, às tantas, ainda dá) a comunhão. Não sei qual é o termo técnico da coisa. Anda sempre na missa, deve rezar todos os dias, mas já abandonou animais. Há uns anos atrás, uma cadelinha pequenina apareceu por lá. A minha mãe demorou semanas a conseguir que ela desse a mão. Passado algum tempo, toda a rua gostava da bicha. Aquela senhora, a que dá a comunhão e que vai à missa todos os domingos, pegou nela e foi abandoná-la não se sabe onde. Porquê? Porque estava com medo que ela viesse a parir. Fiquei-lhe com tanta raiva que nem a posso ver à minha frente e ainda hoje (e já passaram uns 20 anos, ou mais) sinto um aperto no peito ao pensar naquela canita. E continuo a não suportar a mulher.
      Eu já fui muito católica, já dei catequese, já fui à missa todos os domingos, já comunguei e até já fiz parte do grupo coral da igreja. Agora, não acredito em nada.

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    5. Não consigo imaginar o que terá acontecido na sua vida para acontecer uma mudança tão radical.

      Não é um julgamento, não me interprete mal. Mas passar de um envolvimento tão grande para a forma definitiva como diz que agora não acredita em nada, faz-me pensar que algo muito marcante teve de acontecer na sua vida.

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    6. Às vezes não acontece nada. Eu mudei porque fui pensando e chegando a outras conclusões.

      Um outro anónimo

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    7. Sou a anónima das 20:13.
      Tal como aconteceu com o anónimo das 22:42, pura e simplesmente me fui desiludindo com a Igreja. A gota de água deu-se quando fui falar com o padre para me casar, juntamente com aquele que iria ser o meu marido e o dito padre nos perguntou para que raio é que nós queríamos aquela merda. Tal e qual. Comecei a sentir-me mal e a achar tudo um absurdo, ao ponto de não me sentir confortável dentro de uma igreja. Agora, só lá vou quando tem mesmo de ser. E já lá vão uns 18 anos que não vou à missa, nem comungo. Não sinto nada. Só uma coisa mexeu comigo: há dias, fui a Viana do Castelo e, por curiosidade, fui à igreja de Santa Luzia (gosto de ver monumentos). A verdade é que fiquei vidrada: ouvi o sacerdote contar a história da Santa e deixei-me ficar por um bocado, ao ponto do meu marido me perguntar o que é que eu, que não acredito em nada, estava a fazer ali. Estranho, não? Ah, e confio neste Papa, mas só como pessoa, não como chefe da Igreja Católica.

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  3. A fé ajuda-nos muitas vezes nos momentos mais difíceis...naqueles momentos em que não sabemos mais o que fazer e recorremos à fé que temos dentro de nós!
    Quanto à igreja já à muito que deixou de ser o que era..e são raros os padres que me conseguem cativar dentro desse "edifício". Rezo mais vezes sozinha, peço perdão SOZINHA com a minha mente e com o "meu" Deus...já não me lembro da ultima vez que recorri a um padre para me confessar! porque prefiro sempre reflectir sobre os meus erros sozinha!
    Acho que a igreja se está a tornar num meio que envolve apenas dinheiro. À missa já não vou há muito tempo mesmo, apenas em casamento/batizado...

    E agora lanço-te eu uma pergunta, não deveriam ser os padres os primeiros a dar exemplo de construir família? ;)

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  4. Concordo com você!
    Acho que a igreja católica deveria ser mais liberal.
    Que mal tem um padre poder casar e ter filhos.
    Na Bíblia Deus disse Crescei e multiplicai-vos. Porque para os sacerdotes isso deve ser diferente?
    Sou espirita, mas já fui católica durante muitos anos.
    É a primeira vez que venho aqui e vou voltar, adorei seu Blog

    Estou te seguindo!
    Bjoss *--*
    http://www.perseguindomeussonhos.com.br/

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  5. Que seca!!! Tenho saudades dos looks!

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    1. Gatuxa, tens leitores mesmo fúteis lol (comentário serve também para o anónimo abaixo)

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  6. Nao vais mostrar as unhas que fizeste?! Isso sim é importante! ,

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  7. Penso assim também. Todos temos liberdade de escolhas e de ser felizes. O amor faz parte da vida. Não seria pior Padre depois de casado. Penso eu...

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  8. Não te apoquentes. Não sei se será nos próximos anos, mas mais cedo ou mais tarde a igreja católica (também sou católica mas praticante, porque praticar não é ir só à missa), vai acabar por aceitar que os padres tenham família. Vão acabar por conciliar os dois sacramentos: o sacerdócio e o matrimónio.

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  9. Concordo plenamente!
    A verdade é que se lhes fosse permitido o matrimónio não se conheceriam tantos casos de tantos abusos e haveria, com toda a certeza, mais pessoas a querer essa profissão.
    Castrar não é a solução, até porque, o fruto proibido é o mais apetecido.
    Se eles são seres humanos normais porque não podem dar aso às suas vontades como todos os outros?
    Será que, se assim fosse, não haveria mais pessoas próximas da igreja?
    Eu sou católica, pouco praticante, e não só mas também, por não sentir que hoje em dia haja assim tantos padres que chamem as pessoas para a igreja. Está na hora de subir a parada e ver para além do que se tem como adquirido. Iríamos, com toda a certeza, sair todos a ganhar. (principalmente os menores que muitas vezes são vítimas de alguns padres que se dizem tão extremosos e ciosos da sua condição!)
    Cris

    www.lima-limao.pt

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  10. Para mim há várias coisas que não fazem sentido, mas respeito completamente.
    Não sou católica, e uma vez que quero que respeitem a minha doutrina, respeito de igual modo a dos outros.

    Mas realmente a questão dos padres não poderem casar, é uma das tais coisas que para mim não faz sentido.

    1beijo,
    http://umblogsoparamim.blogspot.pt/

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  11. Assino por baixo a este post :)
    Também sou católica e vou à missa quando me apetece, se me apetecer ir todos os domingos vou, se não me apetecer não vou!! E fico de consciência tranquila, porque para mim ir à missa não é obrigação :)
    Há muita coisa que acho que não faz sentido realmente na igreja!! Porque as pessoas da igreja, não é Deus, é as pessoas, fazem as regras como querem e como lhes convém, na hora que lhes convém!! E sim, eles preferem que os padres sejam infiéis e escondam o "que andam a fazer" do que os deixar casar!! Enfim!!!!!!! Sem mais comentários, porque isto também me enervaaaa...
    Bom fim de semana :D

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  12. Sou católica praticante. Quando não vou a missa, sei obviamente que tenho de me confessar para receber a comunhão.
    Faz-me imensa confusão a postura de certas pessoas. Se não compreendem a dimensão dos sacramentos que estão a receber para que é que vão lá? Para serem animais miméticos? Mas enfim...
    Tive uma educação profundamente religiosa, mas sem vivência da Fé Adulta e podia estar aqui a falar ou a criticar, mas a Fé Cristã não é algo para falar, é para dar sinais e vivência do que Deus faz na minha vida.
    Em relação ao Padre, tive uma situação semelhante, em que ele abandonou o sacerdócio, casou e agora trabalha numa Instituição ligada à Igreja.
    Cada caso é um caso! Não podemos julgar a situação de um Padre por todos os outros. Se as pessoas não aceitam a Igreja Católica como ela é, têm bom remédio. Agora não critiquem se não sabem ao certo o porquê de certas situações. Se não sabem o que fazer vão ler a Bíblia ou o Catecismo da Igreja Católica. Está lá tudo explicado para quem queira ver.
    Já sei que vem o "Ah e tal mas Jesus disse amai-vos uns aos outros." Pois é, mas esquecem-se sempre do resto.... "Cumpri os meus mandamentos e assim permaneceis no meu amor." Mandamentos que são banalizados, mas pronto.
    E já me alonguei na conversa!

    Bjs

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    1. Onde é que diz na Biblia que os Sacerdotes (Padres) não podem casar? Gostava de Ler

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    2. Leia as epístolas de São Paulo ou procure um padre. Ele sendo apóstolo (porque na altura não haviam padres) um exemplo e os apóstolos eram a imagem de Jesus que não se casou ou teve mulher.

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    3. Cara laetitia isto tem mesmo pano para mangas. No entanto gostaria só de lhe dizer que acredito em Deus mas na igreja nem por isso. Só vejo interesse monetário em 90% das pessoas que estão incluidas. E você da forma que fala deve ser daquelas q não come carne nas 6as feiras da quaresma mas depois e capaz de comer camarão ou robalo

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    4. Anónimo e livre de pensar ou de achar como sou ou deixo de ser. Se gosta de julgar o próximo e se sente feliz, só lhe posso desejar muita saúde. :-) Pelo menos não ando aqui como anónimo/a mandar piadinhas. Relativamente ao jejum e abstinência quaresmal se precisar de esclarecimento sobre isso é só mandar um email, mas como não acredita no que está instituído não sei se será muito útil. Um grande bem haja e que Deus o/a abençoe porque o anonimato não define género.

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    5. Peço desculpa o meu nome e Catarina, sendo portanto do sexo feminino. Mas isso tb não será importante pois creio que será uma pessoa de mente bastante fechada só vê para um lado. Contudo apenas uma ressalva, tenho formação para saber do que falo. Sou licenciada em teologia ha 7 anos estando agora a fazer um 2o curso superior noutra área. Portanto qualquer assunto também a posso esclarecer por email.

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    6. Catarina: Pode ter todas as licenciaturas disponíveis. Olhe que bom para si! E isso dá o direito de vir mandar piadas sobre o jejum quaresmal? Eu vivo o meu Cristianismo com base no meu testemunho de vida apoiada pela Igreja Católica e testemunho tudo o que Deus já me deu até hoje, não num canudo teórico. Os meus catequistas também têm cursos de toda a espécie e feitio e não andam a esfregar isso na cara de todas as pessoas com as quais discordam. Muito pelo contrário, agem com humildade e aceitam essas pessoas como elas são. Uma licenciatura não dá conhecimento profundo sobre a Fé Adulta ou os propósitos da Igreja e da vontade da renovação da Fé Adulta que já é desejo desde o Concílio Vaticano II pelas mãos do Papa João Paulo II. E aqui não existe qualquer tipo de interesse monetário, mas sim o desejo que todos cheguem a algo testemunhado por acções, testemunho de vida, evangelização e conversão. Tudo isto é vivido, não aprendido num curso teórico porque não passa disso mesmo teoria. Um bem haja.

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  13. Não seria notícia se deixassem os padres...amar livremente!

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  14. Acho que o Papa está a mudar um pouco a mentalidade da igreja, felizmente.

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  15. Tenho exactamente essa opinião... ao longo dos anos a igreja não se adaptou a nós, e por isso nós também já não nos enquadramos nela...
    Os votos que padres e freiras fazem, já não fazem grande sentido... A continuar assim, daqui a 100 anos, ninguém quererá essa profissão...

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    1. Profissão? Olhe, esteja mais atenta e veja quantos jovens abraçam o sacerdócio, clausura e a Vida dedicada à Deus.

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  16. Laetita parece me que percebe bastante sobre religião pode me explicar quem é que escreveu a bíblia?
    Não consigo perceber porque depositamos tanta fé e damos tanta importância a bíblia.
    Quem é que a escreveu? Há provas do que o que lá esta escrito é verdadeiro?
    Não, tanto quanto sei, a bíblia foi escrita por humanos, lá porque a igreja há milhões de anos atrás decidiu dizer que aquilo é a historia da humanidade não significa que seja verdade.
    E igreja e Deus são coisas completamente diferentes, para mim a igreja é uma coisa que foi criada para ganhar umas croas a custa da crença das pessoas em Deus.
    Quem acredita em Deus e tem fé Nele não precisa de ir para a igreja.´
    E concordo com a gata, porque é que um padre não pode casar?

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    1. Tem direito em acreditar naquilo que quer. Muitos o fazem como a Ana... Mas quando se querem casar vão bater à porta de quem? Da Igreja Católica... O ou A anónimo 21:17 diz bem. Ainda há muita confusão sobre o que é o quê.

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  17. A minha mãe é divorciada e na minha primeira comunhão teve que se ir confessar, quando disse que era divorciada mandaram-na rezar para ai uns 50 ave Marias.
    Quando explicou a razão do divorcio, era vitima de violência domestica, o padre achou na mesma que devia rezar os ave Marias pois divorcio é contra as leis de Deus.
    Então e levar porrada do marido ?
    A partir daquele momento perdi toda a crença na igreja, nem vou a missa, quando entro numa igreja é para ver a sua arquitectura.
    Não digo que não acredito em Deus, mas igreja é uma coisa bem diferente.

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  18. Tenho a impressão que muita gente confunde Catolicismo, Cristianismo e fé em Deus.
    Há quem acredite em Deus, há quem aplique os princípios do Cristianismo na sua vida, mas não é Católico.

    Católicos não praticantes é o mesmo que dizer dador de sangue não praticante. Ir uma vez dar sangue e nunca mais o fazer, não torna ninguém automaticamente num dador. Não me entendam mal, mas uma coisa é ser simpatizante, outra é ser militante (perdoem-me a analogia política).

    Quem não está inteiramente satisfeito com o que a Igreja Católica defende, pode procurar saber mais sobre as Igrejas Ortodoxa e Protestante. Ambas têm a mesma base que a Católica, o Cristianismo.

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  19. Eu não me pronuncio, pelo menos não com tantas certezas, sobre o que não conheço a fundo. Talvez a Gata e muitos dos comentadores a este post devessem fazer o mesmo...

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  20. É engraçado ver que a gata acaba por fazer tudo o que os anónimos ressabiados querem. Primeiro finge que não se importa com as opiniões, mas é certinho que acaba por fazer o que lhe dizem. É uma verdadeira gata amestrada lol

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  21. Concordo contigo.
    Essa instituição (Igreja) está cheia de incongruências... E algumas pessoas tb.

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  22. Gata, sou católica e tenho imenso orgulho nisso.
    No entanto tudo tem limites, primeiro que religião para mim é comparavel a cor da pele: cada um tem a sua mas no fundo são todos iguais e isso deve-se respeitar e nunca julgar o outro ou evitar essa pessoa só por ser de cor diferente ou ter outra religiao. Qualquer que seja a religiao : quem segue tem fé e isso so importa.
    Segundo, sou catolica mas curiosa, sempre quis saber sobre todas as demais religioes e tenho amigos que participam noutras igrejas sem problema. Uma pessoa que fala mal de uma instituição religiosa sem a conhecer é ignorante nivel maximo, pois todas tem defeitos.
    Por fim, tendo ja dito que sou catolica e com orgulho nisso, a parte da proibição dos padres em casar sempre foi para mim algo descabido. Claro que tem um fundamento para isso, mas hoje parece-me não ser algo justificavel. Alem de que nao sejamos hipocritas, todos nos trabalhamos/vivemos melhor com uma boa companhia ao lado e tambem um padre talvez assim o fizesse como todos nos, comuns mortais.
    (não falo de padresedofilos e sinceramente irrita-me que falem pois tambem ha politicos pedofilos e não transformam o governo numa maquina papadora de criançinhas por isso então é estupido, ridiculo e nao tem qualquer logica fazerem-no à igreja catolica e generalizarem os padres pelos actos de uma minoria)
    Quanto a esse do seu post, que seja feliz pois é isso que todos nos queremos : felicidade. :-)

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  23. O meu pai foi padre durante alguns anos. Depois casou...mas a vocação para o Sacerdócio continua porque o empenho na Igreja continua...Tenho a certeza que com o tempo, a Igreja vai mudar...tem de mudar mesmo. Eu sou católica (praticamente) mas reconheço que tem de haver mudança em muitos aspectos. Mas apesar de reconhecer essas falhas, não são elas que me afastam. A Igreja, como tudo na vida, tem aspectos maus e bons...basta ser "feita" de seres humanos...Conheço sacerdotes maravilhosos e outros nem tanto...conheço católicos bons e católicos maus...o que interessa é o fundamento...e esse é indiscutivelmente bom. Eu tento segui-lo... às vezes consigo, outras vezes não...O importante é o caminho e a vontade de ser melhor e de construir uma Igreja (e um mundo) melhor =) um beijinho*

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    1. E tenho a certeza que foi e é muito bom Pai!
      Felicidades para a sua família! :D

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  24. Gatinha, o casamento não está restrito aos padres... ele está proibido!
    Por mim isso é uma perfeita idiotice! Na Bíblia não há nada que diga que os Padres não podem casar! Isso foi imposição da Igreja! Aliás, se casassem e formassem família, entendiam muito melhor os problemas das pessoas que vão à Igreja!
    Além disso, tb não percebo porque as mulheres não podem exercer o mesmo tipo de funções que os Padres, porque (mais uma vez) a Bíblia tb não diz que não podem! Outra imposição da igreja!
    Uma Igreja que não trata as pessoas de igual forma, não merece a fé das pessoas!
    Eu sei o que digo: sou católica não praticante... Já fui e deixei de ser!
    Enfim... Com tantas imposições e rigidez, a Igreja acaba por afastar as pessoas...
    Beijos de Lisboa

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