Depois da pausa para festas era obrigatório retomar a actividade física, que é como quem diz, começar a dar corda à sapatilha. A puta da balança também não deixava margens para dúvidas (quero os meus 57 kgs de vooooooltaaaaaaaa arrrghhhhh). E já sentia falta. Uma pessoa habitua-se às corridas e depois não quer outra coisa. Isso e o meu jump que adooooro de paixão e não há melhor para descarregar o stress do dia.
A primeira semana foi soft, corrida na passadeira + jump na terça e quinta-feira apenas, esta semana, e passo a expressão, já a porca torceu o rabo:
2ª feira - 4,79 kms de corrida pela cidade;
3ª feira - 3,50 kms de corrida na passadeira (seca, seca, seca, SECA) + Jump;
4ª feira - 5,37 kms de corrida pela cidade;
5ª feira - Jump.
E para esta semana está feito. Segunda-feira há mais. As minhas pernas já suplicam por descanso (e eu também).
Não posso deixar de referir o facto de me ter estreado na corrida debaixo de chuva. A superação é das melhores sensações e é o que tenho vindo a fazer desde Novembro (altura em que comecei mais a sério e com regularidade nisto das corridas). Primeiro, a força de vontade para ir correr ora na estrada, ora em terra batida, ora na calçada, por entre "dores de burro", pontadas no joelho, canelites e para aguentar mesmo nos momentos em que quase a deito os bofes pela boca. Segundo, o gosto por isto que aliado à força de vontade é o fundamental para não desistir. Nunca pensei vir a gostar tanto de andar a correr pela rua feita tolinha (era isto que pensava sempre que passava de carro por alguém que ia alegremente a correr), mas fui contagiada e bem. Só isso explica o sair para a rua com um frio de rachar só para correr, quando podia estar tão bem no sofá em frente à lareira e a fazer mimices ao meu Pepe. E agora, até debaixo de chuva! É preciso gostar, mas também é preciso força de vontade.
Sempre fiz mil filmes à volta da corrida debaixo de chuva. "E se fico doente?", "e se fico com os pés dentro de um aquário?", "e se os sinto frios?", "e se congelo?", "e se sinto as calças molhadas a colar ao corpo e um desconforto terrível?", "e se as calças escorregam pelas pernas abaixo?", enfim...TUDO filmes. Bem sei que ainda só foi uma molha, a experiência é pouca ou nenhuma, mas garanto que não senti qualquer desconforto (e também não fiquei doente, nem sequer ranhosa). E confesso que soube mesmo bem. Só no fim da corrida, quando paras para alongar, é que começas a sentir as calças molhadas na pele e um certo desconforto.
Depois de uma corrida debaixo de chuva o importante mesmo para não corrermos o risco de ficarmos doentes é o final: tirar a roupa molhada rápido e tomar um banho bem quente.
Pode ter sido psicológico, mas senti que controlei melhor a respiração e nem as canelites se atreveram a atazanar-me o juízo (também pode ser por ter feito uma pausa). De qualquer forma, estou a pensar fazer o teste da passada na Sport Zone para perceber se pertenço ao grupo dos "neutros" (de certeza que não), dos "supinadores" (desconfio que pertenço aqui) ou dos "pronadores". Para cada tipo de passada há um modelo de sapatilha adequado, um pequeno grande pormenor que faz toda a diferença nas corridas, evitando algumas lesões.
Para além disso, acho que é desta que não vou deixar mais para depois e que vou consultar um nutricionista (sempre tive uma ideia bastante preconcebida em relação a esta área da saúde, mas mais lá para a frente falamos). Não partilhei com vocês qualquer tipo de resoluções para este ano, mas uma delas seria começar a comer melhor e ganhar hábitos alimentares mais saudáveis (por exemplo, eu e os legumes não temos uma relação lá muito boa, ou melhor, quase não temos relação). Outra delas, foi declarar guerra de uma vez por todas a esta pança que qualquer dia mais parece de estimação. Vocês vão ver se até ao Verão não vou ficar podre de bouuuuuaaa carago, qual atleta de bikini fitness!!