Ok, é a mais ou menos a mesma coisa que pôr uma banana à frente do macaco e dizer para não comer, mas vamos lá tentar não perder as estribeiras, sim?
Bom, acho esta "coisa" da Black Friday uma excelente iniciativa. Peca por ser no final do mês, altura em a malta tem a carteira cheia mas de ar, no entanto, acho que já toda a gente percebeu que por norma a última sexta-feira de Novembro é "negra", pelo que já tentamos guardar uns trocos para o final do mês.
Depois, tem o lado bom que é o aproveitar para despachar algumas prendas de Natal. O dinheiro não abunda e se pudermos comprar com desconto, óptimo.
Posto isto e porque já oiço gritos de histeria aí desse lado, achei por bem brindar-vos com os meus sábios conselhos, a fim de evitar depressões pós-Black Friday. Assim sendo, atentem nas seguintes palavras:
Ponto nº 1 (e o mais óbvio): Aproveitar a Black Friday de forma útil
O "útil" é um pouco subjectivo, mas lá está, todos temos pelo menos uma prenda para oferecer no Natal, logo, porque não aproveitar os descontos parar tratar do assunto?
Os descontos também valem a pena para comprar peças-chave como um bom casaco (peço a Deus todos os dias que o meu futuro-e-duvidoso-casaco-cinza esteja finalmente disponível em loja até sexta-feira, mas cheira-me que..."já foste") ou um bom calçado de Inverno, porque são sempre peças que duram uma vida, mas também são sempre mais caras, daí um desconto vir sempre a calhar.
Ponto nº 2 (e o mais difícil de controlar): Não comprar por impulso
Fala-se em saldos e apetece logo arrebanhar tudo aquilo que nos aparece à frente, MAS, respirem fundo e contem até três (ou dez) na hora de entrar numa loja. Afinal de contas, para quê comprar o 23º jeans? Para quê comprar a 56ª camisola preta com um estampado qualquer? Para quê comprar aquela saia xpto se nem sabemos como a vamos combinar? Só porque custa menos 2€? Váááá, vamos lá ser inteligentes nas nossas compras para que a Black Friday seja uma oportunidade e não um desperdício. Para tentar resistir ao impulso ajuda muito fazer uma prévia inspecção aos armários lá de casa e ver o que realmente faz falta e tentar não fugir disso.
Ponto nº 3 (e o drama mais comum): Não comprar em caso de dúvida
Quantas e quantas são as vezes que, por qualquer motivo, nós estamos ali na dúvida, no vai-não-vai, compro-não-compro, hum? Muitas. Por experiência, tanto na minha pessoa como em acompanhante de compras, OIÇAM-ME: em caso de dúvida, NÃO COMPREM. Dá sempre cocó. Ou trocam (menos mal) ou acaba por ficar num canto do armário sem nunca ver a luz do dia (desperdício de dinheiro). Se não há certezas que gostamos, que realmente faz falta, que fica realmente bem, que vamos dar bom uso...para quê comprar?, pergunto eu.
Ponto nº 4 (porque também é preciso): Aproveitar para comprar básicos
Não sei se é só comigo, mas eu detesto, DE-TES-TO, gastar dinheiro numa simples camisola branca ou preta para usar debaixo de uma coisa qualquer. Ou mesmo que não seja para usar debaixo de algo, detesto comprar uma simples camisola/t-shirt branca, PONTO. E a falta que fazem, mas...nada a fazer. Quem diz camisolas, diz cuecas e meias, baaaaaaaaaahhh, então aí é depressão na certa!! Por isso, a ter de comprar que seja com desconto.
Ponto nº 5 (e o fundamental): Ide confortáveis e com muita paciência
Já se sabe que em dias como este o mais certo é encontrar a Terceira Guerra Mundial nos shoppings, por isso, o melhor será irem preparadas para o pior. Nada de ir com as horas contadas muito menos como se fossem para o casamento da irmã mais velha. Nem contem encontrar as lojas arrumadinhas, com tudo no sitio e com as vossas peças mesmo à frente do vosso nariz, caso contrário, entram na loja dão meia volta e vêem-se embora tristes como um cão por não trazerem nem um saquinho com vocês.
Prontinho, acho que depois disto estão todas em perfeitas condições de enfrentar a próxima sexta-feira de forma civilizada, sem grandes pecados capitais e sem risco de vir a cair em deprê. A ver se até lá ainda elaboro uma wishlist especial Black Friday. Inté.