"Pessoas felizes são mais felizes porque acreditam."
E eu acredito. Acredito em 2017 e agradeço a 2016 tudo o que me deu de bom, que foi muito. Foi um ano desafiante a nível pessoal e acho que amadureci um pouco mais com isso. A vida nem sempre é como nós idealizamos, nem podia. Também não teria tanta graça se assim fosse. É bom olhar para trás e ver como superámos isto, aquilo e aquilo. Porque é nas dificuldades que nos tornamos mais fortes. E é a nossa coragem e determinação que nos leva em diante, sem nunca perder de vista o que nos faz acordar todos os dias: os nossos sonhos e objectivos de vida.
Este foi o ano em que fiz por ser melhor, comigo e com os outros. Aprendi a focar-me no que realmente importa nesta vida. Decidi começar a comer melhor e treinar melhor ou, por outras palavras, ser mais saudável. Foi o ano em que me entreguei de corpo e alma às corridas e isso não foi bom, foi muito bom. A correr aprendi que posso ir sempre mais além. O valor do esforço e da força de vontade reflecte-se em nós de uma forma incrível. É como se nada fosse impossível. É a sensação de que tudo está ao nosso alcance, basta querer. Eu meti na cabeça que queria correr uma Meia Maratona e corri. Mesmo com uma lesão pelo meio que me roubou muito treino e quase me fez desistir, eu fui. E quando me alertaram para a hipótese de poder não ter condições físicas para uma prova tão exigente, as lágrimas vieram-me aos olhos automaticamente. A corrida é isto. Mas fui e ainda hoje me custa a acreditar que, mal ou bem, fui capaz de correr 21 kms. Eu, que não há muito tempo corria dois quilómetros e sentia-me a deitar os bofes pela boca. Olho para o meu dorsal que está devidamente emoldurado e sinto um enorme orgulho. Foi, sem sombra de duvida, uma data a registar para todo o sempre. Depois, para além do exercício de força de vontade e de superação, há a amizade e os laços que se criam. A corrida deu-me a conhecer novas pessoas e com elas vieram momentos muito, muito bons. Na verdade, deu-me muito mais do que aquilo que poderia imaginar. Não há como falar em 2016 sem falar nas corridas e sou eternamente grata pela força e confiança que ganhei com elas.
Este também foi um ano para rever amizades e perceber quem está verdadeiramente do nosso lado. Foi tempo de deixar de correr atrás. Tempo de deixar de arranjar desculpas para as falhas dos outros. Cada vez mais acredito que mais vale poucos e bons. No final de contas, só precisamos daqueles que também precisam de nós. Precisar do verbo sem interesses.
E agora 2017 mesmo à portinha. Não há muito a pedir, a não ser tempo. O tempo é um bem precioso e cada vez mais escasso. E eu só peço tempo. O tempo suficiente para mim e para os meus. Tempo para tanto que quero realizar. Tempo para dar de mim e para mim, é o que mais desejo. E, claro, chegar ao fim de um ano com saúde, amor, família e bons momentos para mais tarde recordar. Basicamente, é tudo o que se pode querer.
A vocês, que acabam por fazer parte da minha vida e que me acompanharam durante mais um ano, só posso agradecer por estarem aí desse lado, por todo o carinho e por me motivarem a fazer mais e melhor por este espaço que é tão meu quanto vosso.
Desejo-vos um ano novo carregado de boas energias, repleto de sorrisos e que os bons momentos superem sempre os maus. Sejam felizes e continuem por aqui.
Um beijinho e uma noite feliz.
P.S.: e juíííííízo! Nada de andarem a conduzir carregados de vinho, hã.