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sexta-feira, 31 de maio de 2019

Foi o melhor que se arranjou #293


Bem sei que este look já vem tarde, que com estes 30 Cº à sombra ninguém quer saber de collants muito menos de botifarras, mas gostei tanto destas fotos que não podia deixar de partilhar.

Não é novidade para ninguém que adoro fotografia e andar de máquina em punho. E decoração com fotos? Adoro de paixão. Tal como adorava fazer um workshop de fotografia para ficar a saber mais e não me sentir tão lerda de cada vez que tento explorar a minha máquina fotográfica. Tenho algumas noções, mas tudo muito básico. Edição de fotografias então, uiii, sou um biiiig zero à esquerda.

Dizia eu que gostei imenso destas fotografias. Gostei e gosto. Não tanto pela minha pessoa (há todo um lado fotogénico que ficou na barriga da minha mãe), mas pelo cenário em si. Sempre achei que um bom cenário faz a foto. De cada vez que fotografava um look, lamentava-me por não morar numa grande cidade como Lisboa ou Porto para poder tirar partido de mil e um cenários possíveis e imaginários. A pessoa até pode estar com o ar mais sem sal desta vida, mas se o pano de fundo for apelativo, acaba por ser um mero detalhe que passa ao lado. Não que não tenha aqui à volta spots bonitos, pelo contrário, a zona de Aveiro também tem muito o ar de sua graça (oh se tem!) e já saquei fotos super giras, mas a oferta talvez não seja tão vasta como numa grande metrópole. É normal. Estas fotos, apesar de não serem no exterior, acho que ficaram super giras. Lá está, pelo local em si.  Pelo cenário. Pelos detalhes. Este spot, no Mercado Negro em Aveiro, é bem giro e interessante. Um pouco alternativo, é certo, mas se assim não fosse seria só mais um bar.

Fechamos assim o mês de Maio aqui no blog. Com um "foi o melhor que se arranjou", curiosamente, o primeiro deste ano.  

quinta-feira, 30 de maio de 2019

New hairstyle in town

Atchiimmmmmmmmmm!!
Perdão pelos perdigotos, mas o pó e as teias de aranha que pairam aqui pelo estaminé fizeram-me comichão no nariz.

Então, como é que estão os meus ilustres leitores? Alguém por aí ou foi desta que fizeram uma cruz no blog?
Eu estou bem, obrigada por perguntarem. Mais uma ausência, mas vá, nada que já não estejam habituadas.

Eu sei que já foi há pouco mais de um mês que cortei o cabelo, e com certeza que muitas de vocês já viram fotos lá pela Instalândia, mas penso que o resultado de uma mudança de visual é sempre digno de post. Portantos, é isto:


Vocês bem que incentivam, mas ainda não foi desta que me aventurei num daqueles bob curtíssimos. Ainda assim, cortei um bom pedaço de cabelo, ao ponto de não conseguir fazer a minha trancinha quando vou treinar.
Além do corte, voltei a ser morena. Depois de dois anos meia loira, aceitei a sugestão de optar por tons mais mel/caramelo/acobreado/o-que-lhe-queiram-chamar, dando um ar assim mais natural. Confesso que enquanto a Svi secava o meu cabelo, sentia-me algo reticente, estava a estranhar e ali na duvida se tinha sido boa ideia ou não. Duvida essa que passou depressa. É o chamado: primeiro estranha-se depois entranha-se.

Definitivamente, o cabelo assim curto é a minha "cena", mas muito mais curto que isto, nem pensar. Tenho de ter cabelo a tapar-me o pescoço, caso contrário, sinto-me uma girafa da Somália.

Depois de anos e anos escrava do gadelhame, a achar que cabelos compridos é que eram giros e sexy's e cenas, e que compridão é que me favorecia, nos dias de hoje confesso que não sei se alguma vez voltarei a ter cabelo comprido. Nunca digas nunca, mas...

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Matar como quem vai ali ao pão

Até hoje não sei o que é perder um familiar directo ou um amigo bastante próximo (que o diabo seja cego, surdo e mudo!!). O meu avô paterno faleceu bem antes de eu ser nascida e era bastante nova quando o meu avô materno partiu, para perceber realmente a dor do que estava a acontecer. Mas já vi partir pessoas conhecidas do meu meio, por alguma ligação aos meus pais ou a amigos meus mais próximos e, infelizmente, também já vi partir pessoas ainda bastante jovens com quem cheguei a partilhar alguns momentos. Apesar da ligação não tão próxima com estas pessoas é impossível não sentir um murro no estômago e sentir um pouquinho na pele a dor daqueles que lhes eram realmente próximos, principalmente, tratando-se de jovens e/ou de mortes inesperadas, no entanto, imagino que nunca será equiparável à dor de perder um filho, uma mulher, um pai, uma mãe, um namorado. Dor essa que desconheço e espero, espero mesmo não vir a conhecer tão cedo.

Ontem, quando vi a noticia sobre uma mulher morta a tiro em Oeiras através do Instagram da Cê e li o nome "Bárbara Varella Cid" fiquei completamente em choque. Não queria acreditar. Ainda não tinha almoçado, tinha acordado muito cedo para ir correr e tinha acabado de fazer uma sesta, mas qualquer preguiça que pudesse sentir passou num ápice. Pus-me automaticamente de pé e o meu cérebro só pensava "não pode ser, não pode ser, não pode ser, é a "minha Báá", não pode ser". Senti um aperto enorme no peito e fiquei num estado profundo de negação. Os meus olhos encheram-se de água e não consegui evitar que as lágrimas me escorressem pelo rosto.

A Bárbara era uma leitora assídua do blog. Das antigas. Também me seguia pelas redes sociais. Acompanhou-me nestes meus últimos quatro anos, em que tanto aconteceu. Mesmo nos meus períodos de ausência, ela estava sempre aqui. Trocámos muitas mensagens e até alguns e-mails. Trocámos fotos, trocámos ideias, partilhámos estados de espírito e algumas confidências do nosso dia-a-dia. A Bárbara tinha um carinho especial por mim. Fazia questão de o dizer, mas não precisava porque eu sentia-o nas suas palavras. O seu aniversário era um dia anterior ao meu. Não, nunca a conheci pessoalmente, mas tinha-a como uma amiga. Virtual, mas talvez mais real e mais verdadeira comparando com algumas pessoas que já passaram na minha vida. Porque há pessoas que são simplesmente feitas de luz. E ver as mensagens de pesar que vão sendo deixadas na sua página pessoal do Facebook, mostra-me que não estava rigorosamente nada enganada em relação à pessoa que conheci virtualmente e à imagem que criei dela: sorriso franco, genuinamente doce e simpática e de uma alegria contagiante.


Sinto que a Bárbara era daquelas pessoas difíceis de não se gostar e que deixará imensa saudade e um vazio enorme naqueles que lhe eram próximos. Aquele será o sorriso que vou guardar com carinho na memória.

Já li e reli as nossas conversas vezes sem conta. Continuo aqui com um nó no coração e a desejar que fosse tudo mentira. Mas não é. A Bárbara tinha um marido que amava, dois filhos lindos e ainda muito a fazer nesta vida. Pergunto-me como é que alguém tem coragem de ser tão cruel, tão frio, tão desumano ao ponto de ser capaz de cometer uma barbaridade destas. Todos os dias vemos noticias de pais a matarem filhos, filhos a matarem pais, namorados a matar namoradas, das formas mais variadas e inacreditáveis. Hoje mata-se por dá cá aquela palha. No que é que "nos" estamos a transformar?! É terrivelmente assustador.

Não podia deixar de escrever umas palavras sobre a Bárbara, a "minha Báá", neste que foi o espaço que nos uniu de alguma forma e que nos fez gostar uma da outra. Num dos seus últimos e-mails dizia-me "nunca imaginei ser possível criar uma ligação e laços fortes com alguém que, pessoalmente, não conhecemos mas... é possível". Sim, Bárbara, é mesmo possível. Da mesma forma que é possível chorar a perda de alguém que nunca chegámos a conhecer pessoalmente.


Já não vamos correr as duas, mas quem sabe se não o farei por ti.

Descansa em paz "minha Báá" ❤