Ah poiiiiiis! É tudo muito lindo, muito bonitinho, mas quem sofre é o pesinho. E quem nunca se queixou de dores nos pés por estar de salto alto que dê um gritinho de alegria (homens não são para aqui chamados). Quem nunca se descalçou, discretamente ou não, depois de horas com os pés enfiados nos saltos altos, pode dar dois gritinhos de alegria. Pois, bem me parecia...nem um gritinho para amostra. É que isto dos saltos altos tem muito que se lhe diga, andar a uns 10/15 centímetros (no mínimo) do chão não é fácil e não há pés que aguentem. Por muita qualidade que um sapato/bota/botim/sandália tenha, passadas umas horas, os pés já estão em aflição e a pedir socorro. Abençoados os homens que não precisam de se sujeitar a esta auto-tortura. Também é verdade que só andamos de saltos altos se quisermos. Sempre temos sabrinas, sapatilhas e até mesmo os modelos rasos de sapatos e botas. Mas claro que um salto alto é outro nível, não é? E não é que não goste de sabrinas porque gosto e muito, sapatilhas idem e agora com esta moda das
sneakers, mais ainda. Já os sapatos rasos não aprecio muito porque, por norma, são aqueles modelos masculinos e isso, looooooooonge dos meus pés. Uns
loafers ainda escapam, mas também não é o que mais me cativa. Também há as botas
biker, bem ao estilo
grunge, que aprecio bastante, mas no meu dia-a-dia não são as mais apropriadas (era isso e chegar ao trabalho de mota e lenço na cabeça). A verdade é que, muitas vezes, há situações que (quase) obrigam mesmo a usar o dito salto alto. E sejamos realistas. Um salto alto, em qualquer
look, até mesmo nos mais descontraídos, dão logo outra pinta. Para além de serem super femininos. Não é por acaso que na hora de escolher o que calçar, temos mais inclinação para o salto alto, mesmo sabendo que passadas umas horas vamos estar em sofrimento continuo e crescente.
No entanto, há pequenas dicas que podem fazer a diferença e ajudar a manter a postura e a evitar a tal dor tão incomodativa, ora vejamos:
1. Colocar um pé à frente do outro. Uma dica para quando estamos muito tempo de pé. Distribui melhor o peso do corpo, o que contribui para uma boa postura e para retardar a tal dor incomodativa e irritante.
2. Escolher o tamanho do salto de acordo com o que nos reserva. Se vamos andar de um lado para o outro ou se vamos estar muito tempo de pé, não convém usar um salto muito fino e alto. É melhor deixar os saltos mais altos para quando sabemos que vamos estar mais tempo quietinhas do que a passarinhar.
3. Palmilhas de silicone. Gostava muito de saber quem inventou este produto maravilha para lhe agradecer. Até lhe beijava os pés, se fosse preciso (e se tivessem lavadinhos). É que faz toda a diferença, o pé fica bem mais confortável.
4. Postura. Em tudo na vida é preciso manter a postura e na hora de usar um salto alto, não é diferente. Regras essenciais: joelhos esticados e andar recto, sempre com os pés paralelos durante a passada. Esqueçam lá o cruzar de pernas à top model.
5. Procurar sapatos em condições. Que é como quem diz, com um centro bem estruturado para que o pé fique bem apoiado. O mal de muitos sapatos é que o peso do corpo fica concentrado na parte da frente o que é meio caminho andado para ficarmos com dores nos pés logo no primeiro minuto. Esqueçam essa coisa de comprar barato só para terem uns 563 pares de sapatos diferentes porque o que é barato sai caro, como se costuma dizer. E são os nossos pés que têm de suportar o nosso corpo por isso merecem coisinhas em condições.
6. Cuidar dos pés. Sim, os pés também merecem uns miminhos. Façam umas massagens, de vez em quando, e usem um creme apropriado.
7. Quando os sapatos são novíssimos em folha. É certo e sabido que a primeira utilização vai ser um verdadeiro tormento. Mas há forma de contornar a situação. Basta espalhar no pé um pouco de vaselina ou creme gordo, principalmente, nas zonas mais duras do sapato, tipo o calcanhar. Também é boa ideia calçá-los em casa e andar para trás e para a frente, antes de sair à rua com eles, para que o sapato se adapte ao pé.
Se tiverem em conta estas pequenas e preciosas dicas, os vossos pés agradecem. E assim, evitam figuras como esta:
Sim, são os meus pés. Eu, em plena discoteca a descansar os pesinhos de tão aflitos que estavam. Onde já se viu? A Gata de Saltos Altos avassalada pelo tacão. Ai, ai, ai.
Só para terminar a questão do salto alto, e para as saltoaltódependentes que não abrem mão de andar nas alturas, fiquem a saber que o seu uso diário e constante pode causar algumas deformidades como unhas encravadas, calosidades, joanetes e inflamações nos tendões. Andar de salto alto sim, mas com conta e medida.