"Assim de repente, o que fazias com 190 milhões de euros?"

Ontem, a propósito deste post, um leitor colocou-me a dita questão que me fez parar por momentos. Dei por mim a sonhar e a divagar pelos confins da minha mente. Acho mesmo que passei o resto do dia a pensar "ai se os apanhava, ai se os apanhava, ai se os apanhava, ai se os apanhava" o que me conduziu, inevitavelmente, a um estado de depressão momentânea por querer e não tê-los.

De facto, faria nnnnnnnnnnnnnnnnn coisas com esses tais 190 milhões, porque com esse dinheiro todo só podemos mesmo pensar em fazer nnnnnnnnnnnnnnn coisas, seria um desperdício se ficassem a ganhar mofo nos cofres do banco.

Assim sendo e sendo assim, resolvi partilhar com vocês a lista mental que elaborei mal vi o comentário com a referida questão. Comecemos então pelas doações:

    1.  Um milhão ia para o pai, outro milhão ia para a mãe e outro milhão ia para a obelha (para quem ainda não sabe, é a minha irmã, mas não, não sou irmã de uma ovelha de quatro patas, é apenas uma maneira carinhosa (cof, cof) de lhe tratar, e sim, é mesmo com "B"). Ahhhhhhh nada de me chamarem forreta, está bem? Um milhão a render no banco dá bem para viver à grande e à francesa (vá, dois milhões a cada um e não se falava mais no assunto). "Então e o Baby?", perguntam vocês e bem. Ora, segundo dizem, vamos juntar os trapinhos, quer dizer, juntar os trapinhos já nós juntámos, o correcto é, vamos casar. E segundo consta, o-que-é-meu-é-teu-e-o-que-é-teu-é-meu, logo, era óbvio que o Baby iria desfrutar dos restantes milhões junto da minha pessoa;

    2.  Um milhão seria para repartir por algumas instituições de solidariedade a definir na altura. Quem diz um milhão diz mais, dependendo do número de instituições em vista;

    3.  Construía um canil cinco estrelas para animais abandonados. Trata-se de um sonho de menina e sempre disse que o faria se fosse milionária. Se há coisa que me deixa de coração bem apertadinho é ver animais abandonados na rua, tristes e com fome, e vê-los atropelados à beira das estradas.

Depois das boas acções, segue-se o centro das atenções (e das despesas) do momento, ou seja, cenas-intimamente-relacionadas-com-a-boda-e-altamente-dispendiosas:

     3.  Uma vez que estou em modo casamento, era certinho-direitinho que não ia olhar a preços na hora de escolher isto ou aquilo, ia tratar de tudo sem quaisquer limitações orçamentais. Na volta, em vez de 1/2 dias, a boda ia prolongar-se por uma semana, tipo casamento cigano;

    4.  E a lua-de-mel? Uiiiiiiiiiiiii também não havia cá dinheiros contados, nem destinos desde logo postos de parte por falta de verbas. Polinésia Francesa seria o destino.

Agora sim, passemos aos bens materiais propriamente ditos:

    5.  Construía uma casa ao meu gosto e não ao gosto das minhas possibilidades financeiras (actuais). Não sei como seria, mas teria um jardim enorme e piscina com toda a certeza;

    6. Adoro decoração de interiores, pelo que, e mais uma vez repito, decorava tudo ao meu gosto e não ao gosto das minhas possibilidades financeiras (actuais). De certeza que nunca mais iria sair de uma Zara Home, Gato Preto, etc, de mãos a abanar;

    7.  Com uma casa maior e um grande jardim não haviam cá impedimentos para ter mais animais de estimação, pelo que oferecia ao Baby o cão que tanto aprecia, o Bulldog Francês (ou um casal para fazer criação);

    8.  Comprava o carro que mais aprecio no momento, o X1 da BMW ou o classe A da Mercedes (ou os dois, um para a semana e outro para o fim-de-semana);

    9.  Nas minhas vastas idas à Salsa a probabilidade de trazer metade da loja comigo seria mais que provável (quem diz metade, diz loja inteira);

    10.  Comprava uns Louboutin (uns pretos, uns vermelhos e outros nude);

    11. Comprava umas quantas Louis Vuitton's;

    12. Passava a vida a viajar e a conhecer o mundo inteiro;

    13. Bem, se calhar punha umas mamas novas (ou então não);

    14. Sou daquelas que deixava logo de trabalhar por conta de outrem, e para além de ocupar o tempo livre a fazer nenhum, viagens, compras e nenhum, também investia no meu conhecimento. Muito provavelmente, voltava a estudar, neste caso, outras áreas que também me agradam e suscitam interesse;

    15.  Criava um projecto meu, altamente empreendedor e inovador, ligado a áreas do meu interesse (porque isto de passar a vida apenas a fazer nenhum, viagens, compras e nenhum também cansa).

Estes são os meus sonhos do tamanho de 190 milhões de euros, pelo menos os que vieram logo à mente, muitos mais haverão certamente.
Agora pergunto eu. O que fariam com 190 milhões na conta (bora lá sonhar um bocadinho que até ver não paga imposto)?