Black Friday

Estou aqui com alguns mixed feelings em relação a esta Black Friday. Não sei, é sexto sentido de gata. Até já elaborei os cenários mais terroríficos que alguma vez possam passar pelas vossas cabecinhas tontas.

Já se sabe que quando se fala em descontos o mulherio parece enlouquecer (eu incluída). É toda uma histeria associada digna de caso de estudo. Até pode ser um descontinho da tanga, tipo 0,05€, 0.20€, 1€, mas não interessa, é desconto, é a loucura. E é a desculpa mais-que-perfeita para rumarem todas, tipo procissão das velas, até ao shopping mais próximo.

Ora bem... Eu não sendo nem mais, nem menos do que ninguém, também tenciono aproveitar estes descontinhos, pois quelaaaaaaro que sim, até porque tenho o assunto "prendas de Natal" para tratar. Neste sentido, porque não aproveitar os ditos descontos? Claro que também tenho algumas coisinhas debaixo de olho que gostava muito que passassem a estar debaixo do meu tecto, mas isso é secundário (MENTIIIIRAAAAA).

Posto isto, hoje lá vou eu, rumo à loucura. Já rezei cinco Pais Nossos e três Avés Marias no sentido de sobreviver a esta black friday. Ainda assim, os tais cenários macabros teimam em atormentar-me a alma, e não é para menos, senão vejamos:

Cenário nº 1: Uma vez que sou pessoa que faz pela vida, à hora que chegar o mais provável é não encontrar nada daquilo que pretendo. E mulher que é mulher, sabe bem que não há nada de mais deprimente do que sonhar meses e meses a fio por algo, chegar para comprar, e puuuffff, ESGOTADO. É coisa para me levar a actos suicidas.

Cenário nº 2: As filas. Aiiiiiiiiiiiiiiiii as filas nas lojas que fazem perder a paciência a um santo, CREEEE-DOOOO!! Consigo imaginar filas até ao parque de estacionamento o que me provoca um certo formigueiro pelo corpo.

Cenário nº 3: Ser brutalmente abalroada por um bando de gajas em fúria, que lutam pela mesma peça. Nunca vi disto, mas acredito piamente ser algo possível de acontecer. Já estou a imaginar: cabelos, unhas, roupas, sapatos, dentes, silicone, tudo pelo ar. Depois, os gritos histéricos, os empurrões, e eu ali no meio a desesperar e a desejar nunca ter saído de casa. Pior que isto, só mesmo um "meet".

Cenário nº 4: Vir embora de mãos a abanar.

Fiquemo-nos por aqui antes que comece a cortar os pulsos.

Prometo dar sinais de sobrevivência (se for o caso).