O mundo conspira a favor de quem não conspira contra ninguém

Não ando nestas andanças assim há muito tempo, mas (quase) três anos a virar frangos já faz com que me aperceba de muita coisa neste mundinho da blogosfera. Já nem falo daqueles que, claramente, tiraram doutoramento em "Usar o anonimato para se ser idiota", porque esses, muito sinceramente, já nem incomodam e até dão é pena. Pena porque há pessoas que de tão tristes e de tão frustradas, só conseguem encontrar a felicidade no ataque ao outro. Eu, um poço de bondade, de quando em vez lá lhes dou tempo de antena só para não lhes estragar o momento. Umas vezes brinca-se, umas vezes simplesmente ignora-se e pronto, assim se atura essas pobres almas.

Depois, temos aquelas pessoas que criam um blog, nitidamente, a pensar no potencial sucesso. Contra isso? Nada, cada um tem as suas motivações. Mas não percebo da mesma forma que não percebo quando volta e meia lá recebo um comentário super inteligente que diz qualquer coisa como "tens quase três milhões de visitas e não tens um único patrocínio, és uma frustrada". Tiiiiipoooooo, o que é que isso me interessa?! Desde quando é que a minha felicidade depende disso? Será difícil perceber que estou-me, e perdoem-me a expressão, a cagar para isso? Desde quando é que criei o blog a pensar chegar a um "Lovely Pepa"? É que bem podia ficar quietinha no meu canto. Será assim tão difícil perceber que há pessoas a quem uma pecinha de roupa oferecida não é tudo? É fiiiiixe, é muito giiiiiiiiiro, atão não sabe tão bem receber umas coisitas?, oh pois claro que sabe. MAS NÃO É TUDO. Aquilo que muitas sentem quando recebem algo em casa deve ser mais ou menos o que eu sinto quando recebo mails de quem me acompanha com carinho: é a puta da loucura, yeeeeahhhhhhhhhhhhhh, feeeeeeestaaaa, confetiiiiiis, uuuhhhh uh uh uhhh alegria, ena, ena, yuuupiii!! Porque é isso que realmente me mantém por cá, que me faz querer fazer melhor e que me dá forças para ignorar gentinha idiota: o lado humano. Lado esse que muito boa gente deve desconhecer. 

Mas bom, falava eu das pessoas que se movem pelo desejo de ter um blog conhecido aqui e na China. Não sou contra, agora, não pensem é usar este espaço para ganhar uns minutos de fama e para fazer a autora (eu!) de parva, porque não sou. Acho realmente muito triste que bloggers tenham a ideia de jerico de vir para aqui largar umas postas de pescada (para não dizer outra coisa) de forma anónima, com o intuito de ganhar visibilidade. Ridículo, não (topas?)? Também não percebo aquelas que andam a bisbilhotar a minha conta no Instagram que acidentalmente, por engano, com o entusiasmo, sei lá colocam like e o retiram imediatamente na esperança vã da minha pessoa não ter dado conta. E eu pergunto: mas porquê? Porquê descer tão baixo? Porquê tanto "olho grosso" nos passos e pequenas conquistas alheias?

É tão bom quando somos genuínos no que fazemos. Quando fazemos só porque sim, só porque gostamos e não unicamente movidos pela ganância de ganhar um lugar ao sol. É tão bom sermos transparentes e humildes. Sermos simples. É tão bom sabermos respeitar os outros e não sentir necessidade de pôr a pata em cima do outro como se fossemos a última bolacha do pacote. É tão bom sermos humanos e não materialistas (e podia aqui continuar...).

Enfim. Foi só um desabafo e por hoje é tudo.