um livro que não cativa desde a primeira página, mas que se revela bastante intenso e prende o leitor no decorrer da história
Para meu próprio espanto, já terminei de ler o primeiro livro deste ano (palminhas) - "A Rapariga Mais Sortuda do Mundo". Um thriller psicológico intenso que aborda temas como a identidade, a violência sexual e o bullying.
Tifani Fanelli ou Ani - a protagonista do livro - é um exemplo de como as aparências iludem. Aliás, a vida perfeita de Ani é uma perfeita aparência. A sua própria futilidade não é mais do que isso e foi a forma que encontrou de se proteger do seu passado obscuro. Ani achava que bastava alcançar o sucesso para mais ninguém a voltar a magoar. Sucesso esse que definia pelos sapatos e roupas dispendiosas, pelo cabelo "com pontas aparadas por 150 dólares" como refere tantas vezes e que passava por um noivo da alta sociedade.
As personagens não cativam e confesso que andei ali os primeiros capítulos meia perdida e a desdenhar do livro. O que mantinha o interesse era a escrita mordaz e a curiosidade em saber o que realmente estava por trás da personagem principal. Só a partir do nono capitulo (são 17) é que me senti a entrar de cabeça na história e com aquela vontade boa de não querer parar de ler.
Não sei se é de mim e da minha imaginação fértil, mas o final da história soube a pouco e um dos acontecimentos (nãoooo, não vou dar uma de spoiler) chega a ser demasiado previsível (não gosto de finais previsíveis). Construí alguns cenários na minha cabeça e nenhum deles aconteceu. Na minha opinião, o final ficou um pouco aquém de uma história com uma carga emocional bastante forte como esta.
Agora, só uma pequena grande curiosidade que acaba por acrescentar um significado maior ao livro. A autora do livro - Jessica Knoll - foi violada aos 15 anos e é desse triste acontecimento que surge este livro. Na altura ninguém lhe reconheceu o que aconteceu, chegou mesmo a ser considerada culpada (!!!), e por vergonha acabou por esconder durante anos e anos o sucedido. Jessica escreveu este livro - baseado então nos seu próprios factos - guardando para si o segredo que a assombrava e só um ano depois do livro ter sido lançado nos Estados Unidos é que a autora assume a sua própria história.
Penso que há a possibilidade do livro ser adaptado ao cinema e se assim for vou querer ver sem sombra de dúvida.
Entretanto, já dei inicio ao "O Que Ela Deixou" e este sim, é viciante desde a primeira página (a ver se não desilude). Por este andar o objectivo "três livros por trimestre" está no papo. Não percam a fé na minha pessoa.
É um livro que pelo titulo chama a atenção mas se os primeiros capítulos não prendem o leitor á historia, eu perco logo o interesse!
ResponderEliminarBeijinhos, Hellen ❤
https://instantesimprovaveis.blogspot.pt/
Deixaste-me curiosa com o livro! Saber que é inspirado nos próprios factos da vida da autora torna-o ainda mais interessante. Vou acrescentá-lo à minha lista :)
ResponderEliminarTambém já estou a ler o segundo livro do ano, a ver vamos se não desmotivo =P
ResponderEliminarNão conhecia o livro, mas fiquei bastante curiosa! Vou acrescentá-lo à minha to-read list, definitivamente.
ResponderEliminarBeijinhos, Ensaio Sobre o Desassossego
Eu estou a ler o Guerra e Paz do Tolstoi, que é enorme e bem pesado, tendo eu a necessidade de fazer pausas para ler outras coisas mais leves, por isso já li 1 livro e meio até agora. Acho que o meu inconsciente tbm tem oobjetivo de ler um livro por mês. Infelizmente a história da escritora é muito comum e é ridiculo como arranjam sempre forma de culpar a vítima.
ResponderEliminarPor onde anda a Sofia?
Não fazia a mínima da existência deste livro! Mas o título é bastante chamativo. Fiquei foi sentida com o facto de teres escrito esse pormenor sobre a autora. Que situação horrível!
ResponderEliminarBlog: https://bolacha-mariaa.blogspot.pt/
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