Três livros para o primeiro trimestre do ano

vamos tentar!

No final do Verão partilhei convosco a vontade de retomar o bom hábito de ler. Acho que estou a conseguir. Feitas as contas, desde as férias do Verão já terminei o livro "Um Novo Amanhã" de Dorothy Koomson - já se arrastava há um ano pela mesinha de cabeceira -, li o "Escrito na Água" de Paula Hawkins (venha daí o filme), li o "Comer, Orar e Amar" de Elizabeth Gilbert e já dei inicio ao "A Mulher Mais Sortuda do Mundo" de Jessica Knoll (que penso que também sairá em filme). Pelo meio vou lendo o "Liberta-te de Pensamentos Tóxicos" - mais virado para a espiritualidade e auto-ajuda com base em testemunhos - que já está quase no fim. Está longe de ser espectacular, mas vindo de mim é de bater palminhas.

"Obláaa, tu lês tão pouco...mas tu gostas mesmo de ler?!" refilam vocês. Gosto, gosto muito. Vejo a leitura como um dos maiores prazeres que podemos ter na vida. Leva-nos a viajar e a conhecer o mundo sem sairmos do nosso sofá. Faz-nos identificar com sentimentos e ajuda-nos a tornarmo-nos pessoas melhores. Também fazem-nos sentir menos sozinhos. Os livros ampliam a nossa mente e é uma forma de entender diferentes vidas, emoções e personalidades. Depois é a capacidade de nos fazer abstrair do mundo à nossa volta, acabando por servir de escape. Um escape saudável e bastante enriquecedor. E é um estimulo à nossa imaginação. Tão bom que é mergulhar de cabeça nas histórias, construir cenários e dar um rosto às personagens, sentir bem na pele como se fossemos nós que estivéssemos a viver aquela história! Por isso, sim, gosto muito, muito de ler.

"Então porque é que não lês mais, mulheeeer?!!" protestam vocês. Resposta demasiado óbvia: não tenho tempo para ler. Caaaaaalma, não m'insultem!! Isto do "não tenho tempo para..." parece cliché, eu sei, e soa até a desculpa fácil, eu sei, mas é o que é. Para muitos "não ter tempo" é coisa que não existe, porque o tempo arranja-se, e há tempo para tudo, e é uma questão de organização e prioridades e...não me lixem porque não é tão linear assim. O meu tempo não é o vosso tempo, os meus interesses não são os vossos interesses e a minha vida não é a vossa vida, resumidamente e de forma curta e grossa, cada um sabe de si.

Durante o dia, por razões óbvias, ler está fora de questão pelo que resta o horário pós-laboral. Ora, como vocês sabem sou uma pessoa que se dedica à actividade física - outro grande prazer da vida - e, por norma, vou três vezes por semana ao ginásio. Quando corro passam a ser quatro dias da minha semana dedicados ao exercício. Nesses dias, quando chego a casa o ritual é mais ou menos este: chegar a casa, fazer o jantar, jantar, arrumar a cozinha, tomar banho e enfiar-me na cama e dormir. "Ahhhhhhhh mas podes pegar num livro antes de adormeceres", filhinhas, podia, mas aterrava logo no primeiro parágrafo (para não dizer primeira silaba). Em dias de ginásio chego sempre a casa no limiar das energias e mal me deito aterro na hora.

Nos dias que não treino, aproveito o facto de chegar a casa mais cedo para tratar do jantar mais cedo também e há sempre coisitas de casa que aproveito para fazer (não tenho empregada) e há um blog que tento manter activo, nisto, o tempo passa. E eu não sou daquelas pessoas que adormece tarde e que consegue estar de pestana bem aberta até à uma ou duas da manhã. Nunca fui, nem nos tempos de escola daí saber que tinha de aproveitar muito bem o dia para estudar, porque à noite não rendia. Sou uma pessoa facilmente dominada pelo sono, diga-se. Normalmente, às 23H30 o "João pestana" baixa em mim, na loucura das loucuras, à meia-noite. Logo, mesmo nos dias que não treino não consigo ler assim tanto quanto isso. Ah! E há um pequeno problema: uma virose chamada redes sociais. É verdade, confesso aqui e agora que tooooodos os dias pego no telemóvel quando já estou deitada e assim como quem não quer a coisa perco logo uma meia hora a saltitar entre redes sociais e sim, é tempo deitado ao lixo e que podia ter aproveitado para ler. Todos temos as nossas fraquezas, não me julguem.

No fim-de-semana, há lides domésticas para tratar, há compras da semana para fazer, também há sábados que costumo trabalhar, há vontade de dar um passeio, há um jantar ou um café com os amigos, há toda uma vida social e, mais uma vez, as leituras vão ficando de parte.

Mas o objectivo está traçado e tenciono ler os três livros da foto até ao final de Março. Volto a dizer, ler um livro por mês não é nada de extraordinário, mas vindo da minha ilustre pessoa acreditem que será um feito histórico.